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UMA ENTREVISTA COM O AUTOR DE JÓ

1- Em que parte do mundo e em que época o Sr. Viveu? Vivi no país chamado de Hus, e escrevi o livro entre os anos 450 a 350 a C. no período pós- exílio, durante a dominação dos persas.
2- O senhor escreveu um livro que hoje faz parte da nossa Bíblia. Apresente-nos, em poucas palavras, esse livro.
Esta história era muito conhecida na Palestina, mas é bem mais antiga que o livro de Jó que tem na Bíblia. A história foi colocada como uma espécie de moldura, e foi dividida em duas partes. Uma foi colocada no início do livro e no final, que também pode se entender como a porta de entrada e a porta de saída do livro. A parte central do livro, que são 40 capítulos, acontecem três rodadas de debate entre Jó e seus visitantes e a intervenção de Deus.
3- O senhor escreveu sozinho todo ele?
Não, tive a ajuda de muitas pessoas que contavam a história de antepassados e outros que viveram a história, e eram pessoas que pensavam como Jó, e aproveitei a idéia destas pessoas e com a experiência que vivi, pude escrever este belo livro.
4- Normalmente, quando se fala de Jó, lembra-se da paciência dele. A paciência é a mensagem central desse livro?
Não, temos dois momentos que Jó se demonstra paciente, que é na porta de entrada e porta de saída do livro. Mas nos 40 capítulos, que formam o núcleo central do livro de Jó, existe uma teologia que não é da paciência e sim, demonstra uma certa rebeldia, revolta e insatisfação, principalmente para com os poderosos, ricos, sacerdotes, grandes fazendeiros, que usavam a fé e a crença religiosa, e enriqueciam sempre mais com o trabalho do povo, que os servia e trabalhava e ainda passava fome. 
5- Qual é, então, o tema central dessa obra?
O tema central do livro, é a natureza da relação entra homem e Deus. É um questionamento de um certo modo de pensar que existia, que era a teologia da retribuição, para um novo modo de pensar de justiça social, distribuição de renda, igualdade para todos, direitos iguais, ou seja, uma teologia leiga, feita de fora do templo, a partir da vida cotidiana daqueles que estão sofrendo injustiça todos os dias.
6- O começo e o fim do livro não contradizem a parte central?
Penso que não contradizem, e sim, tentam corrigir as injustiças que a teologia da retribuição estava cometendo no meio do povo. O povo sofrido e pobre sofria sempre mais e era escravizado e injustiçado sempre mais, e os ricos usavam desta teologia para enriquecer. Jó precisava agir para reverter esta situação e tentar ajudar o povo sofrido. Jó defende que a miséria e o sofrimento não vem de Deus e sim, a partir das injustiças dos homens.
7- O sofrimento de Jó estaria representando a situação de uma parte do povo daquele tempo?
Com certeza. Jó não viveu sozinho esta situação de pobreza, de perseguição, de perda de bens e de familiares, Jó fala em nome das pessoas que estavam perdendo suas terras, que enfrentavam julgamentos por dívidas, empréstimos e penhoras, Jó estava entre o grupo de camponeses, que fiéis a aliança, procuravam entreajudar-se comunitariamente. Por isso ele teve que liderar um povo que sofria com os ricos, que usavam da religião, para enriquecer e escravizar a maioria do povo.
8- Os amigos de Jó que discutem com ele também representam grupos daquela época?
Sim, os amigos de Jó representam os poderosos, os sacerdotes e teólogos, os privilegiados, grandes fazendeiros e todos os que defendiam a teologia da retribuição.
9- No fim das contas, parece que os questionamentos de Jó ficam sem resposta. É verdade?
Realmente, os amigos de Jó não reconhecem sua experiência. Jó cansou de ouvir sempre as mesmas respostas de seus amigos. De fato parecia que ele estava falando sozinho. Mas o grito de Jó traz a voz de milhões de pessoas, grito este que sobe dos porões da sociedade. E por fim, Deus vai se manifestar, revelando-se para Jó e desautoriza a Teologia oficial e o Templo, que ficam sem razão para exigir o tributo. Jó é libertado de suas leis, de suas exigências, e isto era uma resposta surpreendente, inesperada de Javé. Jó é levado a conhecer outro rosto de Deus: amor, gratuidade e vida. E assim entender a questão justiça e injustiça de uma forma bem mais abrangente. 
10- Olhando para nossa realidade, o Senhor diria que seu livro ainda é atual?
Acredito que sim. Ainda hoje existem muitos que pensam como Jó, que defendem os pobres e oprimidos, mas existem também muitos que hajem e pensam como os amigos de Jó, que tentam abafar todo tipo de grito que surge no meio povo denunciando o que acontece de errado. Também acontece que muitos fazendeiros e grandes empresários, escravizam os seus trabalhadores, obrigando-os a fazer trabalhos desumanos, sem ter a remuneração justa, e ainda querem que estes seja humildes, obedientes, mansos, honestos, limpos, bem comportados, respeitosos e educados, muitas vezes trabalhando no meio da riqueza e passando fome com a sua família. Há também muita violência para com os pobres, moradores de rua, os desempregados, os sem terra e sem teto, que são jogados a beira de estradas ou nas ruas, por que não tem onde morar ou trabalhar para o sustento de suas famílias. Ao mesmo tempo que lutamos para estabelecer a justiça, também devemos nos mobilizar para termos alimentos sem venenos, o ar, os rios, os mares despoluídos, para que as florestas sejam respeitadas, para que a terra receba tratamento adequado e não seja transformado em deserto, para que a camada de ozônio não seja destruída e lutar para que as nossas cidades tenham mais saúde e calor humano, menos injustiça, e não só concretos e asfalto.

Criado em: 21/12/2018 00:03:44.

Sobre o autor

AMA LER E ESCREVER . UM HOMEM DE FÉ 
              

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